-Vá numa Rave, mas não me chame!
Tem certas coisas que não consigo aguentar, e não importa se
com isso estou sendo velho, burro ou antiquado. Eu me imaginar numa festa destas
com aquele “putz-putz” por mais de cinco
minutos no meu ouvido, me parece até pior do que um “Segura peão!” interminável.
Odeio música eletrônica. Aquela historinha de que tal dj vai tocar em tal
lugar, faz-me rir. Ou seja mesmo uma hora, escutando aqueles tais funks cariocas
(funk para mim é outra coisa) é impensável. Não é questão de ser velho, é
questão de bom senso. E nem me venham dizer que funk carioca é a personificação
dos morros, é a voz do povo e tal. É sim a mistura de grosseria, ignorância e
vulgaridade, enfim...
Mas o cinema acaba abrindo portas para você conhecer coisas
que por vezes, por si só, você não abriria ou conheceria. Quando vi o trailer
deste filme, sua temática e atores. Achei que iria passar longe, muito longe da
sala de cinema. Mas lendo um negócio a respeito aqui, outro ali, acabei achando
que deveria assistir ao filme, o que acabou se revelando uma boa surpresa. É
bom quando você não espera nada e saí surpreendido.
Gostei do filme, precisava mesmo de um filme que retratasse
este mundo. Achei bem conduzido e me fez conhecer um pouco deste lado do mundo
da música eletrônica, dos jovens que curtem estas baladas e tal. Aquela
história de drogas sintéticas, eu já imaginava que era aquilo tudo mesmo. Eu
ainda sou do tempo dos baseadinhos. Mas na verdade a história sempre se repete,
só mudam os estilos, não é? Ou seja, jovens a procura de rumo na vida, querendo
abraçar com toda a volúpia e vontade o mundo. Experimentar sem medo, com
intensidade. Mas é claro que como antes ou hoje, tudo tem seu preço, basta
saber se queremos pagar o que a coisa toda pode pedir. Toda a história do
filme, é permeada pelas drogas, e todos de um modo geral, acabam perdendo muito
pelo envolvimento com as mesmas. Mas o legal do filme, que mesmo assim ele não
quer passar nenhum tipo de lição de moral.
O tempo no filme se passe em três períodos distintos, cada um
tendo como pano de fundo uma cidade (Rio, Amsterdã e Litoral Pernambucano)
diferente. É a história do envolvimento de Erika (Nathalia Dill) e Nando (Luca
Bianchi) e o que acontece com eles em cada tempo e cidade. As idas e vindas no
tempo são muito bem editadas no filme e serve para deixa-lo agradável de
assistir, apesar da insistente música eletrônica, mas até aí tem quem goste. O
ponto alto é a presença marcante de Nathalia Dill, que destoa com sua beleza e
talento de um grupo irregular de atores. E, deus meu, que seios!
Eu achei um filme bom, irregular em alguns momentos, mas empolgantes em outros. Dill é um colirio para os olhos. Tó gostando de ver o blog!
ResponderExcluirAbs.
Betão, gostei também. Não tem muita invenção, mas é redondinho, bem filmado, as cenas dos corpos interagindo com o meio têm uma estética bem pensada e executada. Fui com o pé atrás e saí surpreendido - uma das melhores sensações quando se sai do cinema.
ResponderExcluirTem um pouco de lição de moral, sim, mas de leve.
Abração.
Alê.
Pois é, fui assistir com um pé atrás então acabou sendo uma surpresa boa. Eu tinha gostado muito de Estamira, o que ajudou.O que achei mais possitivo, foi que não vi lição de moral não, é tipo arque com suas consequencias e só.
ResponderExcluirEu já tive o meu tempo de festas de música eletrônica, mas eram festas também misturadas com rock. Era no fim dos anos 90, quando Prodigy estourou e até o U2 aderiu à onda. Bons tempos que não voltam mais. Quanto ao filme, gostei bastante. E Nathalia Dill, de onde veio aquela moça linda, hein?
ResponderExcluirEu já tive o meu tempo de festas de música eletrônica, mas eram festas também misturadas com rock. Era no fim dos anos 90, quando Prodigy estourou e até o U2 aderiu à onda. Bons tempos que não voltam mais. Quanto ao filme, gostei bastante. E Nathalia Dill, de onde veio aquela moça linda, hein?
ResponderExcluirPois é, Ailton. Cinco minutos de putz, putz na minha cabeça e eu enlouqueço. Não consigo mesmo. O disco POP do U2 é uma bomba, hehehe. Linda mesmo!
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