Vida de Menina – Helena Solberg
Baseado num livro de muito sucesso de Helena Morley, este filme foi a minha grande surpresa do ano de 2005. Adorei o filme, que passou, injustamente, meio que desarpecebido do grande público.
Vida de Menina é um conto puro e simples de cantiga de roda mineira.É comida mineira, daquela bem simples, mais inesquecível, feita à base de muito amor e fogão de lenha, como não se faz hoje em dia, onde não sobram tempo para o tutu de feijão com couve mineira, o prosear, a viola, o passeio a ver o horizonte distante, o barulho da cachoeira, do riacho de água cristalina.
Partindo do pré-suposto de escrever um diário contando sobre a vida na velha Diamantina – MG, uma menina passa a mostrar sua infância, e os acontecimentos marcantes em um lugar que não acontece nada.
Como não acontece nada? Pode até ser, para quem tem os prédios e andaimes já plantados em si, não para quem gosta e, almeja na calma da contemplação, um contato real com a verdadeira natureza física e por que não dizer mental.Acho sim, bem tendenciosamente, que quanto mais o homem se afasta do contato com a natureza, mais sua própria natureza íntima vai se brutalizando.
Helena vive simplesmente a vida, nos mostrando isso de forma poética e emocionante.
A delicadeza com que tudo nos é mostrado, acaba até fazendo com que alguns atores ruins façam com que isso se torne um charme a mais do filme.
Lembranças de uma infância mal vivida entre os arranha-céus desta capital, e uma a qual eu gostaria de viver, fazem com que este filme me traga um imenso bem querer pela vida. Impossível não se emocionar na cena em que a filha diz ao pai falido que já tem tudo o que quer e precisa.
Saí do cinema feliz, com o espírito iluminado de boa vontade, vendo que na simplicidade das coisas é que encontramos as riquezas. Fui para casa correndo a relembrar minhas deliciosas viagens pelo interior de Minas. Doido para escutar Minas e Gerais do Milton Nascimento, e constatar feliz, que sendo brasileiro, eu também sou um pouquinho mineiro.
“Ponta de Areia, ponto final...”
Baseado num livro de muito sucesso de Helena Morley, este filme foi a minha grande surpresa do ano de 2005. Adorei o filme, que passou, injustamente, meio que desarpecebido do grande público.
Vida de Menina é um conto puro e simples de cantiga de roda mineira.É comida mineira, daquela bem simples, mais inesquecível, feita à base de muito amor e fogão de lenha, como não se faz hoje em dia, onde não sobram tempo para o tutu de feijão com couve mineira, o prosear, a viola, o passeio a ver o horizonte distante, o barulho da cachoeira, do riacho de água cristalina.
Partindo do pré-suposto de escrever um diário contando sobre a vida na velha Diamantina – MG, uma menina passa a mostrar sua infância, e os acontecimentos marcantes em um lugar que não acontece nada.
Como não acontece nada? Pode até ser, para quem tem os prédios e andaimes já plantados em si, não para quem gosta e, almeja na calma da contemplação, um contato real com a verdadeira natureza física e por que não dizer mental.Acho sim, bem tendenciosamente, que quanto mais o homem se afasta do contato com a natureza, mais sua própria natureza íntima vai se brutalizando.
Helena vive simplesmente a vida, nos mostrando isso de forma poética e emocionante.
A delicadeza com que tudo nos é mostrado, acaba até fazendo com que alguns atores ruins façam com que isso se torne um charme a mais do filme.
Lembranças de uma infância mal vivida entre os arranha-céus desta capital, e uma a qual eu gostaria de viver, fazem com que este filme me traga um imenso bem querer pela vida. Impossível não se emocionar na cena em que a filha diz ao pai falido que já tem tudo o que quer e precisa.
Saí do cinema feliz, com o espírito iluminado de boa vontade, vendo que na simplicidade das coisas é que encontramos as riquezas. Fui para casa correndo a relembrar minhas deliciosas viagens pelo interior de Minas. Doido para escutar Minas e Gerais do Milton Nascimento, e constatar feliz, que sendo brasileiro, eu também sou um pouquinho mineiro.
“Ponta de Areia, ponto final...”
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