25 de agosto de 2006

Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembrança – Michael Gondry- parte 1


Hoje vou fazer uma coisa diferente, vou homenagear um dos filmes da minha vida. Simplesmente por ter finalmente comprado o DVD, e por assistí-lo outras três vezes em menos de uma semana, e ter vontade de assistir mais e mais vezes. Por que isso? Não sei... Acho que nem vou comentar a complexa história do filme e sim me apegar as minhas impressões, minhas sensações. Aquelas que tive, logo a primeira vez que assisti ao filme no cinema, sem contar as outras duas, só no cinema.

Mais comentar este filme e minhas sensações implica em mostrar minha intimidade de forma perene. Porque este filme me tocou tanto? Lembro de quando a sessão terminou, na primeira vez, fiquei ainda muito tempo sentado, com muito dó de mim. De alguma forma este filme tocou em minhas frustrações mais escondidas. A timidez absurda e burra, compartilhada com Joel Barish (Jim Carrey, certamente no papel de sua vida). O vazio existencial escancarado de uma vida sem amor, minha solidão, jogada ali aos olhos de todos, pois parecia que todos estavam vendo o quanto o filme tinha me tocado. O sonho em forma de mulher, personificado por Clementine (Kate Winslet). Uma mulher totalmente oposta há mim e por isso mesmo, apaixonante.Não tenho vergonha de dizer que ainda sou apaixonado por Clementine, o maior personagem de uma mulher no cinema,para mim.Sonho em encontrar uma Clementine em minha vida, de preferência tão linda quanto Kate Winslet, mesmo com todos os problemas que certamente me trarão. Ah! Esse coração inseguro e carente de amor!E aquela música cantada pelo Beck repetindo, repetindo na minha mente, como se fosse uma facada no coração, a urgência aflita mostrada na canção, pedindo amor.Ainda hoje dói. Mesmo depois de alguns anos.Como é grande a magia do cinema.

Pois se o filme fala de lembranças, logo me pus a lembrar das minhas próprias lembranças, e me senti vazio, vivendo um grande nada. Triste do homem (ou mulher) que não tem um amor, triste.

Os personagens de Kate e Jim são demasiadamente normais. Poderia ser eu, ou qualquer outra pessoa. Opostos que se completam, e que na dura batalha de entendimento entre um homem e uma mulher, querem amar e serem amados, como todos nós.

Amo este filme, amo Clementine!

7 comentários:

  1. tocante. deu vontade de rever...

    ...já passou

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  2. Sua fascinação pelo filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (que é realmente um belíssimo filme), lembra o meu fascínio pelo filme O Franco-Atirador, de Michael Cimino (aquele do Robert de Niro e da Roleta-russa na guerra do vietnã?). Pois bem: minha adoração pela película e tamanha que decidi incluí-la no final do romance policial cinematográfico que estou escrevendo. Está pra sair um filme novo do Michel Gondry, The Science of Sleep, com Gael García Bernal. Pelo que andei lendo nos blogs, parece interessante. Abraços do crítico da caverna cinematográfica.

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  3. Serge, você dá uma de durão, mais gosta também, hehhehe.

    É isso aí Roberto, aguardamos o novo filme do Michael Gondry. E agora aguardo seu livro também, hehehe. Aquela cena do Franco Atirador é marcante mesmo!

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  4. Tá na minha lista de filmes para rever. Não gostei muito quando vi.

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  5. \pois reveja, Tobey. Este é um daqueles filmes que se estiver passando na TV e eu sem querer passar em frente, revejo. Mesmo que seja pela décima vez.

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  6. Seu texto é muito melhor q o filme hehehehehehe

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  7. Pô, Michael, é não. Acho que ele merece uma segunda chance contigo, hein.

    Se bem que o teu texto sobre "Eu, Você e Todos Nós", também é lindo, melhor que o filme, hehehe

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