Toda vez que olhava a caixinha, que a pegava na mão, como uma criança encantada com seu novo brinquedo, sentia uma mistura de alegria e tristeza. Até hoje não entendo, como deixei passar batido no cinema, um filme do velho e bom Clint. Ele é o cara! Um dos meus três cineastas preferidos.Penso... melhor aguardar uma retrospectiva com os melhores do ano de 2007, pois certamente ele estará lá, e assistir no lugar devido, na tela mágica do cinema. Mas é tanto tempo, e o DVD ficou lá me chamando, pedindo atenção... não resisti. Domingo à noite. Finalmente me proponho a assistir ao filme, que já está na prateleira de DVD´s a umas duas semanas.
Sempre gostei de Eastwood, pois ele não é de fírulas, sabe contar uma história como ninguém, da maneira mais simples e direta. Mas assim como em sua obra-prima “Menina de Ouro”, neste filme ele se preocupou bastante com a fotografia, e o resultado é melhor ainda. A primeira coisa que salta aos meus olhos neste seu último filme é a fotografia fantástica. Seu tom cinza, com esporáticos vermelho-sangue, ou dourado- sol. Tons cavernosos, para aqueles homens que viviam a se proteger nas cavernas de Iwo Jima.
Um espetáculo cinematográfico tão grande, que fica difícil acreditar que tudo aquilo é baseado em fatos reais. Às vezes, a guerra me parece (sei que é bobagem) uma coisa inventada para se fazer bons filmes.É inacreditável a imbecilidade humana, a guerra banal e destruidora, de nações atrás de supostos poderes. Mas as guerras sempre existiram, desde que o mundo é mundo.Elas alimentam o grande mercado de industrias bélicas. Quando não há motivos claros, inventa-se um, como no caso atual entre EUA-Iraque. Mas isso é outra coisa.
O diretor usa seu prestigio, para conseguir contar com muita sensibilidade, o outro lado da segunda guerra.O lado japonês, sobre a tomada das ilhas sagradas de Iwo Jima. Ponto crucial para a vitória dos EUA. Vemos através do General Kuribayashi (Ken Watanabe, excelente) e seus soldados, a queda eminente de uma tropa que já sabia que não conseguiria resistir ao poderio americano. A eminência da morte, é um fator menor, perante a honra de morrer servindo o imperador japonês.Mas será que valia a pena morrer de forma tão besta? Escondidos em cavernas, os soldados se questionam, enquanto tentam sobreviver ao ataque americano. Enquanto estão escondidos nas cavernas sobrevivem, pois uma vez fora delas, a morte era certa.
Os acontecimentos do filme são baseados nas correspondências do General Kuribayashi à sua família. Homem muito bem treinado e conhecedor dos costumes americanos, por passar grande período nos EUA. Os japoneses, achavam que ele seria o homem ideal para proteger a ilha do ataque americano, mas ele sabia desde o momento em que chegou na ilha, que de lá não sairia com vida, devido ao poderio americano. Kuribayashi representava a honra japonesa na eminência da derrota. Eastwood nos mostra isso de forma precisa e correta. E por diversas vezes mostra ao seu próprio povo (que não foram assistir ao filme nos cinemas americanos), que orientais e ocidentais, mesmo tendo culturas tão diferentes, são muito parecidos na dor da guerra.
Um grande filme, que com certeza assistirei numa retrospectiva de 2007 na tela mágica do cinema. Assim como o outro filme feito em conjunto com este: “A Conquista da Honra”, que merece uma revisão.
Sempre gostei de Eastwood, pois ele não é de fírulas, sabe contar uma história como ninguém, da maneira mais simples e direta. Mas assim como em sua obra-prima “Menina de Ouro”, neste filme ele se preocupou bastante com a fotografia, e o resultado é melhor ainda. A primeira coisa que salta aos meus olhos neste seu último filme é a fotografia fantástica. Seu tom cinza, com esporáticos vermelho-sangue, ou dourado- sol. Tons cavernosos, para aqueles homens que viviam a se proteger nas cavernas de Iwo Jima.
Um espetáculo cinematográfico tão grande, que fica difícil acreditar que tudo aquilo é baseado em fatos reais. Às vezes, a guerra me parece (sei que é bobagem) uma coisa inventada para se fazer bons filmes.É inacreditável a imbecilidade humana, a guerra banal e destruidora, de nações atrás de supostos poderes. Mas as guerras sempre existiram, desde que o mundo é mundo.Elas alimentam o grande mercado de industrias bélicas. Quando não há motivos claros, inventa-se um, como no caso atual entre EUA-Iraque. Mas isso é outra coisa.
O diretor usa seu prestigio, para conseguir contar com muita sensibilidade, o outro lado da segunda guerra.O lado japonês, sobre a tomada das ilhas sagradas de Iwo Jima. Ponto crucial para a vitória dos EUA. Vemos através do General Kuribayashi (Ken Watanabe, excelente) e seus soldados, a queda eminente de uma tropa que já sabia que não conseguiria resistir ao poderio americano. A eminência da morte, é um fator menor, perante a honra de morrer servindo o imperador japonês.Mas será que valia a pena morrer de forma tão besta? Escondidos em cavernas, os soldados se questionam, enquanto tentam sobreviver ao ataque americano. Enquanto estão escondidos nas cavernas sobrevivem, pois uma vez fora delas, a morte era certa.
Os acontecimentos do filme são baseados nas correspondências do General Kuribayashi à sua família. Homem muito bem treinado e conhecedor dos costumes americanos, por passar grande período nos EUA. Os japoneses, achavam que ele seria o homem ideal para proteger a ilha do ataque americano, mas ele sabia desde o momento em que chegou na ilha, que de lá não sairia com vida, devido ao poderio americano. Kuribayashi representava a honra japonesa na eminência da derrota. Eastwood nos mostra isso de forma precisa e correta. E por diversas vezes mostra ao seu próprio povo (que não foram assistir ao filme nos cinemas americanos), que orientais e ocidentais, mesmo tendo culturas tão diferentes, são muito parecidos na dor da guerra.
Um grande filme, que com certeza assistirei numa retrospectiva de 2007 na tela mágica do cinema. Assim como o outro filme feito em conjunto com este: “A Conquista da Honra”, que merece uma revisão.
Um filme intimista que vale a pena ver
ResponderExcluirMuitas pessoas foram duras em excesso com A Conquista da Honra, mas vejo o filme como uma extensão de Cartas de Iwo Jima e vice-versa (Eastwood focou a guerra para os americanos da maneira correta: tudo não passa de um negócio. E um negócio milionário!). Em Cartas, a história é outra. Trata da aflição, do desespero, do honra de ser herói mesmo sem acreditar piamente na necessidade daquela guerra. Simplesmente sublime. Como só o tio Clint poderia fazer.
ResponderExcluir(http://claque-te.blogspot.com): Últimos Dias, de Gus Van Sant.
Disse tudo, Roberto!Talvez por isso, as pessoas não gostem tanto(eu me incluo)da Conquista, por mostrar o quanto banal era tudo aquilo para os americanos, apenas negócios e muita publicidade em cima, Enquanto para os japoneses, a coisa era bem mais profunda.
ResponderExcluirSem dúvida, Cartas de Iwo Jima é um filmaço. Uma verdadeira aula de direção dada por Clint Eastwood. O mais curioso é observar que a "versão japonesa" da guerra é melhor do que a "versão americana", embora A Conquista da Honra também seja um excelente filme.
ResponderExcluirSabe, Pedro, que preciso rever "A Conquista da Honra". Explico: depois de assistir a este outro lado da guerra, entendi melhor o que o velho e bom Clint quis mostrar com o lado americano.É uma crítica e tanto ao jeito americano de viver. Se formos comparar os dois filmes, parece até que ele "torcia" para os japoneses.
ResponderExcluirAh! Valeu a visita, volte sempre.