13 de maio de 2011

Não Se Pode Viver Sem Amor – Jorge Durán


Lembro-me de uma entrevista que assisti na TV de Martin Scorsese, ele dizia que nunca poderia ser um crítico, pois gostava demais de cinema, ao ponto de achar bom até o que era ruim. O mestre falou e disse.

A coisa vai além, acho difícil simplesmente criticar um filme, apesar dos chatos que sentem especial prazer nisso. Tenho muita admiração por qualquer cineasta, pois é realmente um trabalho imenso e complexo colocar um filme pronto na tela grande do cinema. Envolve muita coisa e denota tempo, dinheiro e trabalho duro. E também acho geralmente qualquer filme bom, mesmo quanto ruim, é a paixão falando mais alto.

Quando criança juntava os trocados para o cinema do fim de semana. Ultimamente e infelizmente, tenho feito o mesmo, já bem adulto. Devido a complicações de pouca grana e porque o cinema está cada dia mais caro. Vale lembrar que nos anos setenta, o ingresso era o mesmo preço de uma passagem de ônibus. Não é à toa que dia após dia estão acabando os cinemas de rua. O povão mesmo, não vai mais. Mas de todas as paixões que um dia me tomou, esta é a única que – junto com meu tricolor – continua e continuará com certeza. Gosto da tela grande, do ritual de ir ao cinema. Em DVD só quando não tem mais jeito mesmo.

Eis que fui ao cinema esta semana assistir a este filme. Animado até, pois gostei muito do filme anterior de Jorge Durán que foi “É Proibido Proibir”. Quando terminada – finalmente – a sessão, confesso que saí meio receoso do cinema. Temia que ao sair da sala de projeção, fosse encontrar umas “mallandretes” e então iria surgir o Sérgio Mallandro e gritar no meu ouvido: “ Ah!!! Pegadinha do Mallandro!!! Glú, Glú” Salci Fufú!”. Iria ser bom, pois me daria o direito de extravasar e dizer uns bons palavrões.

Deus do céu, que filme é este! Será quer alguém em sã consciência acha este filme bom? O que será que aconteceu para Jorge Durán achar que estava fazendo algo relevante enquanto filmava esta catástrofe? Cadê o bom senso? Para eu odiar é porque se ultrapassa os limites do bom senso.

Uma história sem pé nem cabeça que a cada momento vai ficando pior. Nem culpo os atores, apesar da canastrice de Cauã Reimond e Ângelo Antonio, assim como a apatia de Simone Sparladore. O restante é muito pior, seja o enredo, seja a direção. Aquele menino chato, denominado anjo, faz a gente realmente pensar se vale a pena por uma criança no mundo, tamanha chatice, ele gritando: “Chove, chove, chove, chove”. Deus meu, faz a gente ter vontade de sair correndo do cinema. Botando fogo no mendigo..., putz. E a coisa só piora; assalto em duas etapas, encontros inusitados, ressuscitação, e a cena final em que descobrimos naquele final bisonho que o menino, na verdade não é filho da santa e sim filho da outra, enfim, um filho da p. Hã? Como?

“Este filme, junto com os outros dois últimos nacionais que assisti no cinema, que são:” Amor?”e“ “Natimorto” forma a trilogia do terror. Em plena sexta-feira 13. Sempre fui entusiasta do cinema nacional, mas tá difícil. Vixe!

2 comentários:

  1. Proibido proibir é aquele do garotinho e os traficantes no Rio de Janeiro, com o caio Blat? se for este, você também foi generoso em gostar do filme anterior do cineasta, aquel filme é um lixo, talvez a coisa mais bacana seja o vinculo de amizade dos três, mesmo assim não vale o ingresso de qualquer forma, valeu a dica a grana do ingresso vai para a cerveja.

    abraço

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  2. É verdade, eu fui generoso com o filme anterior sim, até dei uma olhada ni que escrevi aqui mesmo no blog anterirmente e compartilho de sua opinião. É que comparado a este filme, acaba sendo bom, de tão ruim que é este aqui. Tome umas por mim também.

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