6 de setembro de 2006

Casseta e Planeta- Seus Problemas Acabaram – José Lavigne

Quando assisti ao primeiro filme da turma do Casseta no cinema, a primeira impressão que tive é a de que eles “funcionam” muito bem na telinha (nos seus esquetes de trinta minutos semanais), mas não no cinema. Talvez fosse o fato deles irem buscar a primeira inclusão no cinema, num roteiro baseado em acontecimentos do passado, mais precisamente, no inicio dos anos setenta, na Copa do Mundo e militarismo. Isso causou estranheza ao público acostumado a assistí-los na TV. O filme foi considerado um fracasso, mesmo tendo levado 900 mil pessoas ao cinema, o que acho estranho.

O programa dessa turma, com méritos, continua a fazer sucesso e se mantém na grade de programação da toda poderosa plim-plim, há mais de dez anos, brincando criativamente com os últimos acontecimentos do mundo e principalmente do Brasil.

Passado , algum tempo, eles resolveram, partir para outro filme, se aproximando mais do que eles fazem na televisão, mas a mesma impressão que tive com o primeiro filme, se repete neste segundo longa que estreou nesta semana. Eles não funcionam no cinema. A graça da Turma do Casseta e Planeta, está mais na coisa rápida da TV. A impressão que tive, é que no cinema, a piada deles perde o ritmo e principalmente o frescor. É como se fosse uma piada, que uma vez não entendida, quem a conta tenta explica-la, e aí já perdeu a graça.

Se for ver pela minha reação e dos outros dois ou três gatos pingados que estavam no cinema ontem (também, numa noite de nove graus, só loucos como eu mesmo), o filme vai se dar mal, pior do que o primeiro. Pois se a intenção deles é fazer o público rir, eles não conseguiram sequer arrancar um sorriso amarelo meu, e muito menos das pessoas que estavam no cinema.

Não tem jeito, a impressão é de que só funciona na televisão mesmo. Prova disso é que cheguei em casa e assisti ao programa deles (logo em seguida ao cinema) e o programa deu de dez no filme.

Tem que se louvar os efeitos especiais com desenho animado a lá Roger Rabbit, e a primeira cena com o saudoso Bussunda,que ficaram muito boas. Mas o fato é que risadas mesmo, nada, nadinha. A verdade é que eu estava torcendo para que o filme desse certo, pelo Bussunda, pela turma toda, que realmente é muito boa. Mas não deu.

Saudades dos Trapalhões, estes conseguiam segurar a onda, tanto na TV como no cinema, mas também era outra época, e eu era uma criança com esperanças.

2 comentários:

  1. Gostaria de saber se posso "levar" algumas de suas notas de filmes para o site http://airtonshinto.multiply.com

    soltec32@terra.com.br

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