3 de maio de 2007

Sonhos e Desejos – Marcelo Santiago


Uma vez Martin Scorsese disse numa entrevista que gosta muito de cinema, a ponto de não conseguir ser crítico com relação a qualquer filme.Não querendo me comparar (obviamente) ao mestre, acho muito chato ficar apontando os defeitos de uma produção, até porque qualquer filme para ser produzido, precisa de um grande desprendimento de seus realizadores, e isso por si só, já é louvável. Agora, desprendimento maior é fazer um filme como este. Vendo o making off do filme, aquele monte de gente envolvida na produção, para um filme tão tosco, a coisa chega a ser incompreensível.



Mais um filme que se passa no período da ditadura militar, conta a história de um triangulo amoroso. Três guerrilheiros confinados em um “aparelho”, vividos por Mel Lisboa, Felipe Camargo e Sérgio Marrone. A química entre os atores é nula, assim como o talento. Tem uma cena em que Marrone (ele é ator?) dança, pois antes de se infiltrar na clandestinidade era bailarino (?!), que tive vontade de me esconder atrás do sofá. Senti vergonha por cena tão chula e constrangedora. Será que eles não se sentiram envergonhados?

Este talvez seja o pior filme que assisti na minha vida. É bom assistir a filmes ruins de vez em quando, mas este Marcelo Santiago é um abusado, em seu primeiro longa-metragem ele provou que precisa procurar uma outra profissão urgentemente. É de doer de ruim. Eu e essa mania minha de assistir a qualquer produção nacional. Vi-me em plena tarde de domingo me contorcendo no sofá pelo final desta bomba, heroicamente consegui assistir até o final, para o suspiro de alívio final. Até a trilha sonora, que vai de Milton Nascimento a Monarca da Portela, acaba sendo contaminada, e músicas bonitas, ficam feias no contexto.

Corram, fujam desta bomba! Pessoas que gostam de malhar o cinema nacional, encontraram material farto neste filme.

3 comentários:

  1. Só pelo elenco não tem o menor perigo de eu ver este filme. Mel Lisboa, Felipe Camargo e Sérgio Marrone? Meu Deus!
    Beijo.

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  2. Pois é, eu é essa mania de ver todo filme nacional. Não via a hora de terminar.

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