11 de junho de 2007

Exilados – Johnny To


Confesso minha total ignorância para com o cinema oriental. Nunca priorizo assistir a um deles, apenas quando sobra um tempo, ou o acaso, é que me fazem assisti-los. Vou ter de rever esta minha postura, afinal de contas, se um filme como este se faz presente, é porque outros, do próprio diretor, ou de seus conterrâneos, devem conter este mesmo vigor exibido em “Exilados”. Este filme é um primor, e certamente um dos melhores do ano. Mais uma pérola vista (infelizmente) em DVD.



Conta a história de amigos de infância, que tomaram caminhos diferentes na vida, e que pela força do destino, se reencontram novamente. Se no começo eles se vêem em lados opostos, a amizade antiga lhes fala mais alto, e o que se segue é a luta pela sobrevivência dos cinco amigos. Neste sentido, o filme já se diferencia de outros filmes de mafiosos, pois aqui não a lugar para desconfianças. A amizade deles é real,é acima de tudo. Poucos momentos eles deixam transparecer a ternura que os une, mas ela existe, em meio a massacres e tiroteios sangrentos.

Drama, política e comédia se mesclam na medida certa neste filme. O drama se faz pela união dos amigos entre si, lembrando até o lema famoso de Dumas: “um por todos e todos por um” como vemos na primorosa cena final, enquanto uma lata de Red-Label voa pelos ares. Já a política se relaciona ao domínio da máfia chinesa em Macau, enquanto as verdadeiras autoridades se omitem, como vemos no engraçado chefe de polícia preste a se aposentar.

Logo de cara, na primeira cena, o filme nos remete ao mundo de Sérgio Leone. Obviamente, preciso assistir a outros filmes deste cineasta, mas é clara a influencia do genial Leone. Parece-me que se trocarmos a cidade pelo deserto, os carros velozes por cavalos, e chineses por americanos, estaríamos vendo um filme do velho mestre.

O filme mais se parece com uma espécie de balé cinematográfico, devido as suas cenas de tiroteio, onde não é preciso nem se importar com alguns exageros, como logo no ínicio, que uma porta saí voando depois de alguns tiros. A beleza que cada cena têm, faz com que os erros e exageros passem desapercebidos, ou melhor, até dão um certo charme. Todas as cenas e os enquadramentos,são lindamente construídos, como se ali houvesse um quadro de renomado pintor. Ora apenas observamos quadros, ora acompanhamos cenas de ação de tirar o fôlego. Tudo dosado na medida certa, para deleite de quem ama a sétima arte. Uma aula de cinema vinda do oriente.

4 comentários:

  1. aê... seguiu a cotação na Paisà e foi alugar, hein? bom moço

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  2. margô,
    olha, a insistência prova o amor. domingo agora, minha patroa e eu estamos tentando organizar um mafuá em nosso domicílio. à tarde, à noite, tantufas. estão sendo escalados sergê, maska, pc e ocê. se quiser ir (ou, se preferir: se tiver culhão pra ir), ligue. se vire para conseguir os telefones. não deixo telefone em peep show virtual.
    até

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  3. Mostro peludo,
    Te vi em "não Por Acaso" ontem. Se enganan achando que é Leo Medeiros no filme. És tu, um pouquinho menos banhudo, hehehe. Filmaço!!!!!!!! quero ver de novo.Deu vontade de umas partidinhas, que tal?E jogo de macho. Bola branca mata cinco, que volta para a amarela. Sensacional.

    Dirce Batista, bote a barba de molho, que vou fazer cut-cut-cut no belo João Miguel.Nem que seja na rapidinha, ok? Mas bem que podia ser no sábado (hoje)né. domingo é dia de bode a lá Sérgio Sampaio.

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