4 de agosto de 2006

O Assassinato de Richard Nixon – Niels Mueller


Vou fazer o contrário das palavras que estão no quadro ao lado, pois não tem como não ser crítico com relação a este filme. Projeto acalentado por Sean Penn há anos, se tornou um belo tiro no pé, na carreira até então exemplar, deste grande ator.

O que queriam com este filme, Penn e o diretor estreante Niels Mueller? O que acontece é um festival de exageros e erros, que muitas vezes assistindo ao filme (e louco para que ele acabasse logo), me perguntava se não eram propositais. Será que pensaram: “Vamos torturar o público”.

Vemos a história de um homem, que perde o emprego, a família e a dignidade, e quando se vê sem nada, resolve culpar o presidente dos EUA, e arma um plano imbecil e burro para assassiná-lo.

Chega a ser constrangedor ver Penn fazendo caras e bocas exageradamente bestas, ajudando a afundar mais ainda, um personagem tão imbecil. Com aquele comportamento que beira a demência, não dá para em nenhum momento ter comiseração pelo personagem, e o pior é que ele está presente em todas as cenas. Chega a ser inverossímil, um cara como aquele, ter sido casado e dividido a mesma cama com uma mulher como Naomi Watts. Um bom exemplo é a conversa dele com o irmão, depois dele ter feito um desfalque na conta do irmão. Se eu fosse o irmão dele, daria uns sopapos nele é gritaria: “Vira homem, seu imbecil”, enquanto Penn se contorce em caretas e chororôs, eca.

E olha que eu acho a premissa bem interessante, pois a história se passa bem na época da ressaca americana, quando eles estavam se dando conta que o sonho americano não era bem assim.Tinham acabado de perder a guerra, e Nixon estava prestes a se perder no escândalo Watergate. Mas o novato diretor não tem talento nenhum, e não consegue passar um pouquinho sequer de calor a qualquer uma de suas cenas, e fez um filme burocrático, ruim à beça.

Quem quiser assistir a um filme ruim e pretensioso, aí está um bom exemplo. Ou aproveite o tempo para rever um daqueles clássicos, era o que eu devia ter feito.

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