19 de abril de 2006

MANUAL DO AMOR – Giovanni Veronesi

Paixão, crise, traição e abandono.Nesta ordem, até parece que o amor é um sentimento fadado ao fracasso, uma ilusão de trouxas. E é nesta mesma ordem que Veronesi aborda o amor, o romance, tema central desse filme. Os temas acima descritos são abordados como uma espécie de episódios interligados, nesta deliciosa comédia em homenagem ao amor. A boa novidade neste filme é que ele é realmente engraçado e leve.Sendo cada episódio interpretado por um casal diferente.

Tudo começa com a bela e lírica história de Tomasso (Silvio Muccino) desempregado que se apaixona por uma guia turística (Jasmine Trinca, linda, linda, linda). Daí ele faz de tudo para conquistá-la e nasce uma paixão linda entre os dois.

No episódio da crise, acompanhamos um casal, que após vários anos de casamento, percebem que a união está desgastada e tenta de todas as maneiras possíveis sair da crise vivida por eles, sem muito sucesso. O grande questionamento nesta cena se dá quando eles se perguntam se um filho ajudaria a solucionar a crise deles.Cena engraçada, em que eles estão visitando amigos já com filhos.

Não menos engraçado, é a cena da traição, onde uma guarda de transito se vê traída pelo marido e resolve se vingar dos homens distribuindo multa a todos do sexo masculino possível. Inclusive ao homem que foi abandonado pela esposa e protagoniza o último episódio.

O abandono poderia ser o mais melancólico pela temática, mas não é o que acontece. Acompanhamos Gofredo (Carlos Verdome, ótimo), pediatra que não se conforma com o abandono da esposa e saí a procura do tal “Manual do Amor” do título e outras formas possíveis para conseguir conviver com o abandono. Até que acaba conhecendo, na praia, a irmã de Tomasso e vemos tudo recomeçar, formando-se assim, uma cadeia de pessoas em busca do amor.

O que importa aqui é mostrar de forma leve e divertida o caminho destes personagens através das desventuras amorosas, e suas conseqüências.

Eles vivem e querem, como todo mundo (eu,nós), amar e serem amados, pois essa é a delícia da vida. Essa eterna procura, esses encontros e desencontros amorosos bem ou mal resolvidos. O importante aqui é o caminho, não a chegada ou partida.Tentando cada vez, a cada trombada, melhorar e viver a doce mágica do romance, do amor, por um instante que seja.

O cinema italiano já me presenteou com o surpreendente drama “As Chaves de Casa” este ano. Agora me presenteia com esta deliciosa comédia, que fez eu sair mais leve do cinema.

Um bellisimo lavoro di questi italiani. Um saluto a tutti e aguri!

8 comentários:

  1. De um Beto para outro: Adorei seu blog. Estou sempre fuçando blogs alheios em busca de idéias e sugestões inspiradoras para o meu próprio blog. Pretendo voltar aqui mais vezes. Fanático por cinema como sou, é sempre bom encontrar outros cinéfilos. Abraços de um admirador de blogs alheios. P.S: Como tenho uma terrível mania de sempre sugerir filmes, aqui vão algumas:
    a) A Queda - As últimas horas de Hitler;
    b) O Segredo de Vera Drake;
    c) Kinsey - vamos falar de sexo;
    d) Os Produtores; e
    e) Maria cheia de graça.

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  2. Valeu, Roberto
    O único que não vi destes recomendados é o Kinsey, que pretendo ver em breve.
    visitarei seu blog também.
    Vou indicar apenas um, imperdível: Três Enterros do Tommy Lee Jones

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  3. de todos os citados, Kinsey é o único que recomendo.

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  4. Se tá brincando, Sérgio. Três Enterros é obra prima

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  5. Sergio,
    Você é um insensível. Porque você acha o filme ruim?

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  6. Nice idea with this site its better than most of the rubbish I come across.
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